Por Jaconias Neto
A Polícia Civil de Mato Grosso registrou resultados expressivos em 2025 nas ações e operações de combate a crimes ambientais na zona rural de Comodoro, com foco especial na repressão aos delitos contra a flora. As equipes atuaram na fiscalização, repressão e prevenção do desmatamento, além da extração, transporte e comércio ilegal de madeira.
Ao longo do ano, a Delegacia de Comodoro instaurou 10 procedimentos policiais, que resultaram na apreensão de 2.054 unidades de madeira Itaúba entre lascas, roliços e palanques além de nove caminhões, seis carretinhas usadas para retirada de madeira em mata fechada, 10 tratores inutilizados e diversas ferramentas, como motosserras e equipamentos manuais.
As operações foram realizadas em parceria com órgãos ambientais e de segurança, incluindo o Ibama e o Grupo Especial de Fronteira (Gefron), reforçando a integração entre as instituições no enfrentamento às atividades ilícitas.
O delegado Ricardo Marques Sarto, titular da Delegacia de Comodoro, informou que, neste mês de dezembro, as ações foram intensificadas e resultaram em novas apreensões de Itaúba espécie conhecida como “madeira de pedra” devido à resistência e durabilidade. “Caminhões usados no transporte ilegal também foram apreendidos, reforçando o compromisso da Polícia Civil em coibir a atuação de grupos criminosos”, afirmou.
No dia 9 de dezembro, em mais uma ação integrada, as Polícias Civis de Mato Grosso e Rondônia cumpriram mandados de busca e apreensão em Vilhena (RO). No local, foram encontrados cerca de 50 palanques de Itaúba em um depósito pertencente a um homem de 40 anos, investigado por crimes ambientais.
O mesmo suspeito também responde por homicídio doloso na direção de veículo, crime ocorrido em outubro deste ano, que resultou na morte de um delegado aposentado de Rondônia na região entre Comodoro e Vilhena.
Segundo o delegado Sarto, o trabalho contínuo da Polícia Civil de Comodoro foi essencial para desarticular a atuação dos chamados “Itaubeiros”, como se autodenominavam os madeireiros envolvidos na exploração ilegal da espécie.
“Nosso compromisso é proteger o patrimônio ambiental e garantir que aqueles que insistem em praticar crimes contra a natureza sejam responsabilizados. As ações continuarão sem previsão de interrupção”, reforçou o delegado.
